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O Nevoeiro

Parábolas de kryon


Existia uma ilha paradisíaca no meio do oceano. Ela era habitada por nativos ingênuos e felizes. A vida deles era boa!... Lá reinava a abundância e a paz. Eram governados por reis honestos e responsáveis.  Não existiam crises!...

Mas um fenômeno estranho envolvia a ilha: um nevoeiro espesso e eterno formava um anel um pouco além das praias. Nunca ninguém tinha podido ver o que existia do outro lado dele!... Era um mistério insondável.

Os nativos sem compreender a existência do nevoeiro, o temiam! E todos que o desafiassem, se aventurando no mar, mergulhando em suas brumas desapareciam para nunca mais voltar!... Vez por outra, o nevoeiro rugia com um ruído terrível e incompreensível. 

Então, criou-se a concepção de maldição sobre o assunto. Sempre que alguém se aproximava do nevoeiro, os nativos se recolhiam em suas casas e aterrorizados fingiam ignorar o fato!... Logo depois o assunto era esquecido e a vida na aldeia voltava ao normal. O povo aprendera a olhar para o nevoeiro como algo poderoso, incômodo, mas que não lhes afetava suas boas vidas cotidianas a parte. Faziam rituais para aplacá-lo, alimentando-o como a um ser vivo muito perverso!... Um monstro bestial ou um torvelinho gigante que arrastava as pessoas para dentro de sua enorme boca! 

Porém tudo começou a mudar, quando um jovem príncipe nativo sentiu no peito uma vontade irresistível de enfrentar o perigo desconhecido. Dispôs-se corajosamente a descobrir a verdade sobre o mistério adormecido durante anos!... E a libertar seu povo de um medo que os paralisavam e os assentavam na mesmice.

Pensou com sabedoria, que à margem do que lhe sucedesse teria ao menos o conhecimento!... Então pegou a melhor canoa, cobertores, água, alimentos e silenciosamente remou na direção do nevoeiro. Já bem próximo, sentiu a correnteza arrasta-lo para dentro da névoa!... Estremeceu quando a escuridão o envolveu por completo, mas não havia mais como voltar!... Seu coração disparou e um arrependimento chegou na forma de pânico, tremendo de emoção!... O nevoeiro ficava cada vez mais denso e parecia não ter fim. Acreditou que iria morrer ali!

Então, aconteceu que o nevoeiro clareou e o nativo saiu assombrado do outro lado!... Surpreso viu a sua frente um continente cheio de vida exuberante. Pessoas amáveis chegavam em suas canoas para honra-lo e recebe-lo efusivamente!... Celebravam com cantos e flores o valente que tinha cruzado o nevoeiro. 

Então, passado alguns dias, após refazer-se, o príncipe novamente entrou na névoa, desta vez para dizer ao seu povo a verdade sobre o mistério tão temido: que o nevoeiro não era um monstro e sim uma oportunidade de visualizar novas realidades. Que o medo ilógico os impediam de ultrapassá-lo!...

A névoa representava a inércia e a estagnação que vêem com o medo, uma barreira criada por nossa própria mente. Era só uma fachada, que encobria a verdade além dos olhos físicos!... Adentrar no nevoeiro envolvia um pouco de obscuridade, um tempo de transição e adaptação ao novo e à mudança.

Cada tipo de névoa é um desafio diferente e uma lição única para cada pessoa, em graus distintos. Para alguns pode ser o medo do abandono, da sobrevivência, do desconhecido, de ser amado, do novo, da verdade, de envolver-se, de voar, de merecer, de ver a luz além etc. Estamos em tempos de grandes mudanças, com uma névoa a ultrapassar!... Por que teme-la com profecias e crenças nefastas? Nosso pensamento coletivo ajuda a moldar a realidade de nosso planeta e sua vibração. 

Uma nova realidade nos aguarda além da névoa, onde descobriremos quem realmente somos, cheios de honras e novas roupagens. Quando a névoa deixa de ser um monstro, tudo muda para melhor, tudo é iluminado pela luz que não tem sombras!...

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